Sobre o Homenageado

Paulistano nascido em 15 de dezembro de 1929, o pé-vermelho por adoção Máximo Gonzalez Donoso formou-se médico pela Universidade Federal do Paraná, sendo diplomado no início de 1959. Foi também na UFPR que conheceu a então acadêmica de Odontologia Janir Messias, com quem casou-se ao regressar à Londrina, cidade onde já estavam vivendo suas famílias, vindas, respectivamente, de São Paulo e do Mato Grosso do Sul.

Recém-formado, e ainda antes mesmo de iniciar sua atividade profissional, filiou-se à Associação Médica de Londrina em 1º de abril de 1959. Foi como docente de Clínica Cirúrgica na Faculdade de Odontologia de Londrina, e posteriormente também como professor da mesma disciplina na Faculdade de Medicina Norte do Paraná (curso que ao lado das outras quatro faculdades isoladas oficializaram a criação da Universidade Estadual de Londrina em 1971) que o médico iniciou sua carreira de 37 anos como docente universitário.

Especialista em Cirurgia Plástica, Dr. Máximo também obteve qualificação e título em Medicina do Trabalho e em Saúde Coletiva, e graduou-se ainda em Ciências Sociais. E foi adotando o processo de fusão de seu conhecimento técnico e científico, com a adoção de valiosas substâncias como valores e princípios humanitários, que colocou suas energias e dedicação ao ensino e à promoção da saúde ao longo de mais de meio século de sua vida dedicada à Medicina.

Foi referência como médico de Higiene e Medicina do Trabalho, em departamento montado e estruturado por ele para a Companhia Cacique de Café Solúvel, para a realização de campanhas de orientação e prevenção à saúde de funcionários e de seus familiares. Assim como destacado médico perito da Justiça do Trabalho de Londrina.

Também como associado e representante da AML, entidade que o elegeu presidente para a Gestão 1976-1978, Dr. Máximo Gonzalez Donoso participou ativamente de diferentes grupos de trabalho e de comissões (em especial, a de Ética Médica), projetos sociais e culturais e de movimentos comunitários junto e em apoio às iniciativas de outros colegas médicos também pioneiros da Medicina de Londrina. E foi, sem dúvida, protagonista de muitos e relevantes feitos em prol da classe médica e para o desenvolvimento econômico e cultural da cidade.

Como da fundação da cooperativa médica Unimed Londrina, da criação do Clube 21 Irmãos da Cidade de Londrina, na Comissão de Geminação de Londrina e Guimarães como Cidades Irmãs, de sua intensa participação no Rotary Club (com projetos de intercâmbio científico e o apoio à formação de entidades para desenvolvimento de comunidades carentes e/ou vulneráveis), na Academia de Letras, Ciências e Artes de Londrina. Assim como de sua atuação como conselheiro do Elos Internacional e na criação, em 2004, do Instituto José Gonzaga Vieira, que mantém ainda hoje uma agenda permanente de atividades culturais e projetos de formação, cujo resultado cultural é apresentado à população na forma de espetáculos itinerantes.

Como reconhecimento ao seu intenso, relevante trabalho e às diversificadas ações em benefício direto da comunidade londrinense, recebeu da Câmara Municipal de Londrina, em maio de 2004, o título de Cidadão Honorário. Honraria concedida pelo município por meio de PL proposto pelos vereadores (à época) e seus colegas da área da saúde: os médicos Roberto Kanashiro e Tercílio Turini e o dentista Félix Ribeiro.

Falecido em 4 de setembro de 2010, o médico pioneiro, pé-vermelho de paixão e ex-presidente da Associação Médica de Londrina Máximo Gonzalez Donoso hoje também é parte do Memorial da História da Medicina de Londrina, e ocupa uma das poltronas do Teatro AML Cultural.

Suas memórias, agora uma história que não mais será perdida ou esquecida, foram registradas pelas carinhosas lembranças de suas três filhas – D. Os quatro estendem às netas Maria Fernanda Gonzalez Rocha Benedetti, Ana Paula Gonzalez Rocha e Bárbara Gonzalez Pascoal, a homenagem ao avô Máximo!